quarta-feira, 26 de maio de 2010

Faça um filtro

Ao longo de toda nossa vida temos contato com inúmeras pessoas. Algumas por escolha nossa, outras, muitas vezes, não. Entre essas pessoas que cruzam nosso caminho nos deparamos com diversos estilos, crenças e opiniões diferentes. E nem sempre aquilo que ouvimos vai de encontro com o que pensamos ou desejamos realmente escutar.
Somos seres únicos, então a maneira como cada um reage diante de uma situação também é única, portanto há aqueles que sabem, ao ouvir um comentário, discernir se aquilo realmente lhe cabe ou não. Porém há aqueles que se deixam influenciar demais por palavras ou acontecimentos externos, sem ao menos “pesar” se aquilo na verdade lhe serve.
Somos senhores da nossa vida, temos livre arbítrio para escolher os caminhos que iremos seguir, então cabe a cada um de nós definirmos aquilo que é bom, útil e importante em nossa vida, fazendo um filtro. E o que quero dizer com ‘fazer um filtro’? Falo sobre a necessidade de deixar que ‘entre em nossa psique’ somente aquilo que realmente irá acrescentar algo, as coisas que realmente são relevantes, que fazem diferença e que irão nos auxiliar em nosso processo de desenvolvimento (mas não me refiro apenas a deixar entrar os elogios, pois muitas vezes as críticas são grandes degraus para o crescimento).
Nem tudo que ouvimos por aí ou que nos é diretamente dito deve ser levado como uma verdade absoluta a ser seguida. Temos que saber distinguir o que é bom para si e o que não é. Porém também temos que levar em conta que, como somos seres distintos, as opiniões divergem e aquilo que não é bom para você, pode sim ser bom para uma outra pessoa, o importante é respeitar as diferenças. O grande problema disso tudo está em não estabelecer essa separação do que entra, do que serve, do que é útil e do que não é. Algumas vezes permitimos que uma crítica ou comentário interfira em nossas atitudes ou até mesmo em nosso estado de humor. Todos têm o direito de expor seu ponto de vista, mas ninguém tem a permissão de mudar nosso modo de pensar, pelo menos não deveria ter. Então cabe a cada um fazer essa seleção do que realmente deve ser levado em conta, não ficando aberto demais ao que vem de fora, sustentando seu modo se ser, pensar e agir.
Para alguns, isso parece ser algo simples, mas para outras pessoas é algo bastante complicado, primeiro, por estar muito suscetível a tudo e a todos e, segundo, por não ter conhecimento de si próprio. E é isso mesmo que acontece, quando não se tem autoconhecimento, o que vem de fora tem caminho aberto para fazer moradia ou no mínimo deixar uma ‘pulga atrás da orelha’. Então procure se conhecer melhor, olhar para dentro de si e ver o que é do seu agrado, o que tem importância para você e assim colocar limites entre você e o outro. Saber conviver sem se envolver, mas aí já é tema para um outro assunto...

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